quinta-feira, 15 de julho de 2010

Dissertando - Lei dos 15 minutos

Existe em Salvador, uma lei que proíbe que os bancos deixem seus clientes na fila por mais do que 15 minutos. Não é possível que eu seja a única a achar a viabilidade dessa lei, no mínimo, duvidosa. Isso pra não dizer impraticável.
Então, nessa terça-feira, dia 13, o prefeito de Salvador, João Henrique (PMDB), comandou, pessoalmente, a interdição de uma agência do Banco do Brasil, que havia sido notificada 5 vezes por ter desrespeitado essa lei. Cada notificação custa R$5 mil ao banco e, quando interditada, a agência fica cinco dias fechada para se adequar às normas.
O comentarista do jornal Aratu Notícias, da emissora baiana afiliada ao SBT, parabenizou hoje o prefeito por estar tendo uma boa gestão e pela atitude que mencionei acima. Desejei ardentemente que fosse ironia, mas ele não atendeu a meus pedidos e finalizou seu comentário tão sério como começou.
E eu penso: como assim parabenizar? Essa lei é de uma ignorância tão grande. Não é possível atender as pessoas em apenas 15 minutos. É preciso agilizar o serviço, mas os bancos estão sempre tão cheios e quinze minutos não é nem o tempo do atendimento. Além do mais, fechar o banco vai prejudicar os clientes. E quando ele for reaberto, quero ver atender todas as pessoas que seriam atendidas durante os cinco dias de interdição.
Deveriam pensar em segurança nos bancos. A "saidinha bancária" é um problema bem mais assustador do que esperar mais de 15 minutos na fila do banco. Por que não estudar a possibilidade de colocar os bancos onde os clientes esperam sentados mais longe dos guichês? E por que não melhorar a privacidade nos caixas e caixa-rápidos?
Melhor parar por aqui antes que eu queira falar da "boa gestão" do amado prefeito reeleito, João Henrique.

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